Introdução
 
   Os pacientes se dirigem aos hospitais porque precisam de observação e tratamento clínico especializados. De acordo com a American Hospital Association, aproximadamente 37 milhões de pessoas passam por hospitalizações a cada ano, no Brasil, somente através do Sistema Único de Saúde, 14 milhões de internações são realizadas por ano, e, para a maioria, isso acaba constituindo uma experiência desgastan­te. Afinal, a hospitalização desafia o senso de privacidade do paciente, bem como o controle de sua vicia. Será preciso que o paciente abra mão, pelo menos em certo grau, de parte de sua rotina. Deve depender de você e .sua equipe para satisfa­zer suas necessidades fundamentais. Dependendo da comple­xidade exibida pelo problema de saúde, o paciente e sua fa­mília podem também receber treinamento, aconselhamento, coordenação de serviços, desenvolvimento de sistema de su­porte na comunidade e ajuda para lidar com as mudanças causadas na vida diária face às mudanças no estado de saúde.
 
   Em muitos hospitais, esses serviços vitais são fornecidos por enfermeiras de supervisão e operacionais, bem como por enfermeiras clínicas especializadas. Este capítulo serve de ponto de partida para ajudar o leitor a entender e executar as tarefas de forma confiável e efetiva. São tratados em profundi­dade todos os pontos fundamentais: procedimentos de inter­nação, transferência e alta; avaliação (incluindo uma seção so­bre a redação de um plano de cuidados de enfermagem); ga­rantias para a segurança e mobilidade do paciente (incluindo a utilização adequada de dispositivos de imobilização de equi­pamentos auxiliares); prática correta para a transferência de pacientes e movimentações corporais; e o uso de leitos orto­pédicos especiais. O capítulo também inclui uma revisão completa a respeito da higiene pessoal e medidas de confor­to, nutrição, eliminações corpóreas, cuidados cirúrgicos, cui­dados espirituais e cuidados pós-morte.
 
   Entretanto, antes de passar a esses pontos específicos de cuidados de enfermagem, procure revisar os objetivos mais amplos do cuidado geral, como ajudar o paciente a lidar aim uma mobilidade restrita; proporcionar-lhe um ambiente esti­mulante e confortável; garantindo que a sua permanência no hospital seja isenta de perigos; promovendo uma recuperação sem transtornos; e o ajudando no retorno a uma vida normal.

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